Friday, June 30, 2006

Verdadeiro azul escuro era como se encontrava o azul dos olhos claros que mudavam de cor com a intensidade da luz... Olhos bipolares em corpo coeso.

Wednesday, May 03, 2006

post 14- A liberdade é uma maluca...

O sol bate-lhe nos olhos e deixa de ver por momentos.
Olha para o chão na tentativa de recuperar a visão, é coisa que espera manter...
Vê a sua velha mala que o acompanhou ao japão.
Livre com a sua última relação duradoura...
Para onde irá agora deitar-se agarrado à sua genuína pele ?!
Não sabe, mas também não interessa...
Levanta-se e anda, deixou o Satre em Lisboa!
I'm free now!

Wednesday, August 10, 2005

Post 13

Era mesmo tempo de recomeçar.
Abriu a janela e aceitou o sol. "Vou-me embora". Dirigiu-se ao armário, puxou de lá a mala velha que tinha levado à viagem ao Japão, e abriu-a. Duas horas mais tarde, estava no aeroporto.
- Não quero saber de destinos, onde posso ir já?
- Meu Sr, não compreendo. Temos ao seu dispor uma variedade completa de destinos, mas preciso saber o mínimo dos detalhes... por quanto tempo vai... com quem...
- Eu sozinho, e vou sem vinda... não quero saber...
- Compreendo, mas há restrições de alfândega... precisa de vistos...
- Então pra europa... Paris, pode ser?

Sete horas mais tarde, num café de esquina no 5º distrito, era-lhe servido um croissant.
Bienvenue a uma nova vida!

Friday, July 29, 2005

Post 12

Apreciava o facto de não acordar sozinho mais uma manhã. A solidão é fodida. Apesar de deitado ao lado de uma mulher tão bonita como a Ana, a sua mente viajava no passado até aquela noite de sexo louco. Não conseguia não pensar na Monika. Voltou a adormecer...
Reabriu lentamente os olhos...
-Bom dia, - disse Ana.
Ele respondeu com um pequeno sorriso.
-Sabes, estava a observar-te e tu quando dormes... não estás aqui comigo. Aliás, até tenho dúvidas se quando tas de olhos abertos tás aqui...
-Ana,... eu estou aqui.
-Não estás não. E ontem enquanto me penetravas não eras tu.
-Então era quem? O rato Mickey? Por favor, não tenho pachorra para essas merdas... ainda por cima a um sabado de manha.
-Desculpa... tens toda a razão. Não tens culpa de eu estar completamente apaixonada por ti e não me importar de assisitir as tuas necessidades fisiológicas e dar-te umas quecas para te aliviar o stress... porque é isso que sou para ti... uma Queca! Mais uma...
-Ana, a esta hora não por favor... além disso sabes tão bem quanto eu que gosto de estar contigo e que és uma pessoa especial... mas...
-Especial? Sou especial? Claro que sou especial! Sou uma excepção que se destaca pelas grandes mamadas que te faço e pelo tempo que te faço vir...
-Não foi isso que disse...
-Mas é isso que te faz estar próximo de mim. Apenas sexo. Sabes quantos anos tenho, o meu nome completo, o porque desta cicatriz, sabes do que gosto mais de fazer na vida, quais os meus sonhos? Sabes porque é que tu es especial para mim? Sabes?
-Não...
Ela levantou-se e vestiu-se num abrir e fechar de olhos.
-Fica Ana. Por favor. Não me apetece estar sozinho. Tens 26 anos. Chamas-te Ana Maria a cicatriz não sei... sonhos também não.
-Tenho 27. Fiz anos ontem. Chamo-me Ana Maria sim, mas esse não me parece que seja o meu nome completo.
-Tu também não sabes essas coisas sobre mim... não percebo porque é q estas a stressar tanto.
-Chamaste Henrique Almeida. Henrique porque o teu pai é monarca e todos os teus irmãos têm nomes de rei: Afonso, Henrique e Duarte. Nasceste em Lisboa há 28 anos atrás. Completas 29 anos daqui a exactamente 2 meses. Essa tatuagem que trazes nas costas foi fruto de um acto impensado de amor nas tuas primeiras férias ao estrangeiro. Tinhas 18 anos e se não me engano foste para Londres. O que mais queres da vida, como qualquer um de nós é a felicidade e não tenho dúvidas que queres ser reconhecido no mundo das artes... pintura é o teu maior hobby... guardas naquela gaveta uma carta que a tua irmã Maria te escreveu antes de morrer, carta essa que só leste uma vez na vida porque não tens tomates para enfrentar as coisas, as realidades... Aquele quadro é o teu autoretrato: confuso, solitário e perdido no mundo. Orgulhoso demais para aceitar uma mão que te quer ajudar apenas a enfrentar as coisas.
Apetecia-lhe acaricia-la.
-Ana..
-E se te sentes sozinho... arranja um cão.
E saiu sem mais uma palavra. Ele sabia perfeitamente porque ele era especial para ela. Sabia dos sentimentos que ela sentia por ele... Nunca o transmitira através de palavras, mas sempre através de gestos e atitudes. Era ela que estava sempre lá quando ele se sentia sozinho... que lhe fazia companhia quando estava doente... que o olhava sem mentiras. Ela era realmente uma pessoa especial... uma mulher que qualquer homem gostava de ter a seu lado. Mas nós não escolhemos o quê e quando sentir... Levantou-se da cama e murmurou para ele:
-Foda-se... anda meio mundo à procura de meio mundo e ninguém se encontra...

Post 11

Os homens são como os cães. As mulheres parecem-se sempre com um animal diferente. Ana parecia uma gata egípcia. Era impossível olhar para ela sem se sentir vontade de lhe tocar, olhar-lhe nos olhos e não sentir vontade de lhe beijar a boca, de lhe sentir o hálito e continuar. Aproximou-se. Agarrou-lhe as duas mãos. Ele deixou-se manipular. Estava sentado de cabeça baixa. Aproximou-as do nariz, deu um pequeno passo em frente até lhe tocar com a perna direita no chumaço. Ele olhou para cima. Ela afastou ligeiramente os lábios. Já estava agarrado. Sorriu, inspirou fundo e disse: cheira bem! Quem é ela?

Thursday, July 28, 2005

Post 10

Duas semanas passaram e todos os dias ele masturbava-se a pensar nela... o cheiro dela nunca desapareceu da sua pele. Ele fechava os olhos enquanto se masturbava e pensava apenas no seu corpo, da forma como ela se mexia naquela noite de sexo... nunca demorava muito a vir-se. Mas sentia falta do seu corpo, do seu toque. Precisava dela.
-Olá Henrique, - ouviu ele à entrada do elevador de casa. Era a vizinha de novo.
-Olá Ana. Tas boa?
-Na verdade não estou lá muito boa.
-Ai sim?,- retorquiu ele sem grande interesse.
-Eu queria falar contigo na verdade. Tens tempo mais logo?
-Ana, ouve... eu não sei...
-Ok apareço em tua casa, por volta das oito e tal - interrompeu ela e desapareceu nas escadas.
Ele tinha acabado de sair do duche quando a campainha tocou. Quando olhou para as horas e viu que ainda nem sete e meia eram, por breves segundos passou-lhe pela cabeça que podia ser a Monika. "Impossível" pensou ele.
Ana era uma rapariga bonita. Olhos rasgados, muito morena e era sobretudo a personalidade dela que a tornava numa mulher fascinante.
-Hey, pintaste uns quadros novos. São lindos! Andas muito inspirado. Tens uma nova musa inspiradora?
-Deixa de ser tonta,...
-Deixo de ser tonta? Andas a evitar-me à mais de 2 semanas... Eu bem sei que o que se passa entre nós não sai da tua casa ou de minha... mas ignorares-me até na rua... o que se passa?
-Não se passa nada, as coisas no trabalho é que não andam a correr bem.
-Não andam a correr bem? Telefonei-te ontem mesmo para o trabalho e disseram-me que já não estavas naquele edifício porque tinhas sido promovido...
-Ana, - interrompeu ele olhando-a nos olhos,- nós combinamos nada de perguntas sobre as nossas vidas pessoais.
-A unica coisa que quero é uma explicação para esta tua mudança de atitude em relação a mim. Houve fins de semana que fodiamos dia e noite e agora vens-me com essa tanga das perguntas pessoais? Eu tenho saudades de estar contigo. Que isto não passa de sexo para ti já entendi... mas olha para mim: sou uma pessoa, tenho coração, sentimentos... Deves-me explicação.
-Ouve eu sempre te disse que...
-Cala-te... Quero sentir-te agora em mim. Quero que tu me sintas.
E a toalha enrolada no seu corpo caiu...

Saturday, July 09, 2005

Post 9

"Quando é que nos voltamos a ver", perguntou ele antes de sair do Taxi.
-Um dia destes...
-O número de telemóvel que me deste está sempre desligado...
-Só o ligo quando me apetece falar com alguem...

Friday, July 08, 2005

Post 8

Sorriu e olhou-o nos olhos a pedir autorização. Ele acedeu com o olhar e com um breve movimento, quase imperceptível, dos lábios. Aproximou-se ainda mais, rodou ligeiramente o pescoço e beijou-o. Primeiro os lábios tocaram-se apenas. Sentiu os seus lábios carnudos e respondeu beijando-a também. Ela era mais baixa, quase da mesma altura, facto que o excitou. Ficou de pau feito. Ela empurrou o seu corpo contra o dele para lhe sentir o pau e ele sentiu as suas voluptuosas mamas contra o seu peito. Ela tocou-lhe o lábio superior com a língua, ele começou a respirar mais rápido, fechou os olhos e as línguas tocaram-se. Durante alguns minutos só existiu: lábios, línguas, saliva, calor, movimento… tudo deixou de existir: cigarros, frio, chuva, os outros e o dia de amanhã. Quando o tempo voltou a existir olharam-se nos olhos… verdes. O vermelho do veludo, agora, parecia mais intenso.
Quando abriram a porta do quarto a luz do teto apagou-se e a luz laranja erótico do candeeiro de chão iluminou-lhes a cama e os seus próprios corpos. Ela ficou parada a olhar para ele enquanto ele desabotoava a camisa… pele morena, robusto, 100% danone. Ela não queria acreditar a sua hora coca-cola light tinha chegado… Tirou as calças e deitou-se na cama. Agora era a vez dela. Sorriu-lhe encorajando-a… Simulou vergonha e despiu-se profissionalmente. Era uma mulher. Mamas filhas da puta e o pito completamente depilado. Bonito.
Foi de gatas até ele. Sentou-se sobre as suas coxas, joelhos contra a cama, inclinou-se para a frente e enfiou-lhe a língua dentro da boca. É impossível beijar na boca e não ficar com tesão. Mão direita acariciou-lhe o morgalho e a esquerda o peito. Respiravam aceleradamente, boca seca, mãos no caralho, mãos nas mamas, no rabo… Começou a descer no sentido do sexo. Beijou-lhe o pescoço, mordeu-lhe os mamilos erectos, passou-lhe as mãos na barriga lisa e peluda, mordeu-lhe a face interna das coxas e abocanhou-lhe a piça. Estava imóvel, começou a arquejar as costas à medida que ela ia fazendo movimentos com a boca, para cima e para baixo, como se fosse uma cona. Gemia enquanto lhe acariciava o esfíncter anal. Parecia um anel de criança. Estava a ser mamado enquanto lhe enfiava um dedo no cu, ela chupava… depois apalpava-lhe ora as mamas, ora o rabo, ora as coxas, ora cona… Enquanto isso ela torceu ligeiramente o tronco para se fazer ao minete. Ele fingiu não perceber enquanto lhe enfiava um dedo na cona. Ela contorcia-se de prazer. Não queria parar para argumentar e estragar o momento. Queria aquele caralho dentro dela e foder. Fingiu que nada se tinha passado, e de facto não houve minete para ninguém, foi empurrando os joelhos para a frente até estar em posição de o engolir com a cona e inclinou-se novamente para a frente, beijou-o na boca fez um momento de suspense e… Toucou-lhe a glande com os grandes lábios, soltou um gemido, ele agarrou-lhe as mãos e ela ficou a morrer de tesão. Ela adorava que lhe dessem as mãos enquanto a fodiam.
Foderam até ela lhe pedir para ele se vir dentro dela e lhe encher a cona de leite. Ela chegou a chamar-lhe amor. Ambos tiveram vontade de fumar um cigarro. Mas estavam num quarto que não era o seu. E também a ambos lhes pareceu que poderia parecer rude levantar-se e ir fumar um cigarro à janela. Acabaram por adormecer.
Foi acordada pela piça dura contra as suas coxas. Sorriu e começou a bater-lhe uma punheta… Colocou-se de gatas sobre ele, abocanhou-lhe o caralho e depois beijou-o na boca. Então ele sentiu o sabor e o cheiro da sua cona já fodida, lembro que tudo isto se passou à noite, já o banho matinal tinha acontecido há muito, agora era ele que quase morria de tesão. Virou-a ao contrário, deitou-a de costas contra a cama, afastou-lhe as pernas e sem pedir licença penetrou-a de uma só vez… Enquanto a penetrava e fazia movimentos rítmicos com as ancas, beijava-lhe os pés, chupava-lhe os dedos e acariciava-lhe, com as pontas dos dedos, as bordas da cona…

Friday, July 01, 2005

Post 7

Naquela noite fria, acendeu mais um cigarro e olhou em vão pela janela.
As primeiras gotas de chuva começaram a cair. Ao fundo da rua o povo fazia as últimas compras antes de se recolher.
Não, ele não queria passar a vida naquele rebuliço de rotinas ensinadas. Era tempo de voltar ao bar, e redescobrir aquela mulher mágica.
Vestiu o Tommy Hillfiger e saiu porta fora.
A chuva estava agora mais densa, e era já difícil avistar o caminho. E o autocarro que não chegava.
Na paragem, inspirou profundamente e recarregou energias para entrar no bar. As fantasias alimentavam-lhe a mente.
Ao entrar reconheceu-lhe o perfume. Ela estava ali. Linda como dantes, com um penteado diferente que lhe descobria mais o rosto. Dirigiu-se a ela e sem falar acendeu um cigarro.
-Há muito tempo que não te via...
Ela retira-lhe o cigarro com a mão direita, exibindo as unhas cuidadosamente pintadas do mesmo tom das cortinas vermelho-tinto daquele mesmo espaço. Dá uma passa no cigarro e expira o fumo para a face daquele admirador.
- Nem eu. Monika, com kapa e sem acento. Mãe eslovaca, pai incógnito. Solteira, auto-suficiente, fumadora social. Bebo um scotch on the rocks se quiseres saber, e gosto de provocar, detesto ser provocada. Maior paixão: jogos, e ganho sempre.
Com um sorriso, ele retira-lhe o cigarro e inicia a sua descrição:
- Estou impressionado. Curioso que a minha maior paixão para além de ganhar, é conquistar. Henrique, como o conquistador...
- Henrique... bebes o quê?
- O mesmo que na última vez...
- Vejo que tens os sentidos bem apurados. Vem comigo.
Ambos se aventuraram a percorrer a sala e a nuvem de fumo que a enchia. Ao fundo, havia duas portas envidraçadas e opacas. Monika foi a frente, entrou na porta da esquerda, e ele hesitou...
A voz rouca dela solta, em tom interrogativo:
- Então, não gostas de jogar?

Wednesday, June 22, 2005

Post 6

Passaram-se semanas sem ter notícias dela. Embora ela não saisse da mente dele, a vida voltou a mesma monotonia de sempre. Trabalho, sexo com a vizinha, cigarros, whisky, saidas com os amigos, engates... um dia de manha olhou-se ao espelho e viu-a reflectida. "Tenho de encontrar aquela mulher." Quem era aquela pessoa que não lhe saia da mente?

Monday, June 13, 2005

Post 5

Desiludido com o sucedido decidiu voltar ao bar onde a tinha conhecido... O cheiro dela parecia que ainda se encontrava entrenhado nas cortinas de veludo vermelhas escuras, no lugar onde tinham estado sentados. Nada fazia sentido. Pegou num cigarro e levantou-se em direcção ao balcão para pedir lume. Parecia ver o seu vulto desenhado no fumo do cigarro... eram verdes, os olhos eram verdes... Lembrava-se que nos olhos dela existia uma imensidade de enigmas. Na quase escuridão do bar, a luz das palavras dela voltavam a passar pela sua memória... Naquela noite, era preferível ele afogar-se nas águas da sua solidão e perder-se no paraiso repleto de nada do que nas nas memórias do verde infernal dos olhos dela. Quem era ela?
Fumou mais um cigarro e questionou-se acerca da vida dele...

Sunday, June 05, 2005

Post 4

Enquanto pousava as chaves apercebeu-se o quão cansado se encontrava... finalmente tinha terminado! ligou o atendedor de chamadas na esperança que ela lhe tivesse ligado, mas não esperou para o ouvir... A agua batia-lhe revigorosamente no corpo, enquanto ele pensava no porquê de tudo aquilo... Não conseguia entender porque é que ela não lhe tinha dito nada... nunca antes acontecera!

Friday, June 03, 2005

Post 3

O dia de trabalho finalmente terminou. Acabou de avaliar o último aluno e saio. Durante o percurso até ao estacionamento pensou: "invariavelmente terei de falar com ela até sexta-feira." Pensou em ligar-lhe, antes de entrar no carro, mas o calor obrigou-o a desistir. No hall do prédio, mais uma vez flirtou com a vizinha do 5.º C... Foi o vicío a falar. Outra vez o vicío. Sempre o vicío.

Tuesday, May 31, 2005

Post 2

Durante as poucas horas de sono que lhe restava, surgiam-lhe numa dança misteriosa, ora azuis, ora verdes... Nunca chegando à conclusão quais eram os reais... Ao acordar sentia nos músculos as garras nocturnas da incerteza.

Post 1

Despediram-se. Prometeram encontrar-se no dia seguinte. Ele voltou para o quarto e começou a sonhar. Já não se lembrava se eram verdes ou azuis...